OS
POVOADORES DE
PIRACICABA
I. - Em 1693, Pedro de
Morais Cavalcanti requereu uma sesmaria em Piracicaba, a qual abrangia "uma e outra
banda do rio, ficando-lhe o salto no meio", alegando o peticionário que iria
povoá-la com toda a sua família.
"Essa - diz Azevedo
Marques - foi a primeira sesmaria concedida em Piracicaba, pelo capitão-mor Manuel
Peixoto da Motta, a 15 de novembro de 1693, e se acha registrada no livro II de sesmarias
antigas do Cartório da Tesouraria da Fazenda de São Paulo" (Azevedo Marques,
Apontamentos Históricos).
II. - Em 1726, Rodrigo César de Menezes passou uma carta de doação de
sesmaria, nas terras que circundam o porto do rio Piracicaba, para Felipe Cardoso
"porque estava vaga muita parte de terra no porto de Piracicaba e ele suplicante
queria situar-se no porto do dito rio", e "se achava com possibilidade de povoar
terras". E como o beneficiário fora de fato povoar a data concedida e nela fizera os
melhoramentos que lhe cumpria, confirmou o rei de Portugal, em 1728, a doação de
"meia légua de terras da que lhe deu o dito governador de São Paulo no sitio acima
referido" (Sesmarias, II, 492).
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Mapa fluvial da região de Piracicaba, SP
III. -
Nesse mesmo ano, um terceiro povoador, Manuel Lopes Castelo Branco, conseguiu uma sesmaria
"de légua e meia de terras em quadra no caminho e sertão de Piracicaba",
porque "tinha feito suas roças de uma e outra parte do rio Capivari sem
constrangimento de pessoa alguma, havia três para quatro anos". Diz o titulo, na sua
parte final: "Carta de data de terras de sesmaria por que vossa senhoria há por bem
fazer mercê conceder em nome de Sua Majestade que Deus guarde a Manuel Lopes Castelo
Branco de légua e meia de terras em quadra no caminho e sertão de Piracicaba junto do
rio Capivari de uma parte e outra dele fazendo no mesmo pião defronte do seu sitio, e com
as mais confrontações acima declaradas. Para vossa senhoria ver. E não se continha mais
na dita sesmaria que aqui registrei da própria a que me refiro em o dito dia mês e ano
acima declarado (25 de, julho de 1728) (Sesmarias, II, 459).
IV. - D. Luiz António de Souza
Botelho Mourão, Morgado de Mateus, nomeado capitão-general da recém-restaurada
Capitania de São Paulo, em 26 de janeiro de 1765, cumrindo as ordens régias relativas a
criação de povoados e vilas, remeteu a António Correia Barbosa para a barra do rio
Piracicaba no Tietê, a fim de plantar ali uma povoação.
Escreveu o capitão-general, em 24 de
dezembro de 1766, ao conde de Oyeiras: Desejando dar providência sobre a falta que
há de Povoações civis nesta Capitania, tenho disposto mandar formar seis em diferentes
partes que me pareceram as mais próprias, e as mais úteis pela sua situação,
comodidade fertilidade do país e são as seguintes: Uma na barra que faz o rio Piracicaba
entrando no rio Tiete, dez léguas mais adiante de Araraitaguaba, última povoação em
que se embarca para o Cuiabá, para que os que fazem esta viagem tenham escala mais
abaixo, em que possam refazer-se; escolhi para Diretor dela a António Correa
Barbosa. (Docs. Ints.,
XXIII, 40).
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